Setembro Amarelo: Você não está sozinha/o/e! | Gran Faculdade

Setembro Amarelo: Você não está sozinha/o/e!

Setembro Amarelo: Você não está sozinha/o/e

A campanha Setembro Amarelo iniciou, em 2015 no Brasil, com o intuito de gerar consciência sobre a prevenção ao suicídio, cujo dia mundial é 10 de setembro (desde 2003). Ao manter como mote movimentos de “Todos pela Vida” e de que “Falar é a Melhor Solução”, a proposta é promover conhecimento sobre sofrimento psíquico e as formas de tratamento existentes, desmistificando a relação da saúde mental como fenômeno individual e estigmatizado.

 

Sem saúde mental não há saúde, e como um fenômeno multideterminado, deve-se considerar os diversos fatores que incidem sobre a produção de adoecimentos. Além de questões constitutivas de ordem física (como alterações em padrões de funcionamento neuroquímicos), questões sociais atuam sobremaneira na relação sobre o valor da vida e a possibilidade de gestão das dimensões que qualificam nossas vidas. Questões econômicas, de limitação de acesso a direitos, a serviços e bens, vivências de desrespeito, violência, discriminação, descrença, fragmentação entre as vidas pessoal e do trabalho são algumas fontes de geração de sofrimento.

 

Este panorama tanto incide sobre a população em geral, como também se evidencia entre os universitários. Pesquisa realizada em 2021 (Global StudentSurvey, realizada pela Chegg.org, organização sem fins lucrativos ligada à Chegg, empresa de tecnologia educacional norte-americana), com 16,8 mil estudantes de 18 a 21 anos, apontou impactos sobre sua saúde mental na pandemia. O Brasil destacou-se entre os índices de país com aumento expressivo de relato de estresse e ansiedade (87%), sendo que apenas 21% havia buscado auxílio profissional e ainda 17% apontado manter pensamentos suicidas.

 

Além da pandemia, a qual, pelo isolamento social e pela insegurança em relação à saúde, já ter sido gerador de alterações na qualidade da saúde mental, a incerteza sobre o futuro, também num país assolado por crises econômicas, déficits de oportunidade de emprego, acirramentos das desigualdades sociais, são justificativas bem plausíveis para presença de sintomas que denotam a fragilidade dos laços sociais e da garantia de vida. O Brasil, em uma lista de 21 países, lidera o ranking de declarações entre os jovens sobre os impactos em sua saúde mental. Os impactos econômicos sobre a sobrevivência básica, manutenção das oportunidades educacionais e redução de investimento e acesso a políticas públicas, a exemplo da área de saúde, são determinantes sociais que justificam a desesperança, inclusive no futuro do país, e, portanto, do seu.

 

Como resposta ao desalento e aos altos índices de experiências declaradas estressoras e ansiogênicas, há que se incentivar a criação de fatores protetivos da saúde mental. Dentre elas está: o conhecimento sobre os fenômenos e as multideterminações que incidem sobre a saúde; a identificação e o acesso a serviços de atenção em saúde mental (serviços públicos na atenção primária em saúde, assim como em serviços escolas das faculdades de Psicologia e Medicina, serviços de escuta e acolhimento voluntariado como o CVV – Centro de Valorização da Vida, entre outros); mobilização e participação política na garantia de direitos fundamentais da vida; e criação de redes de apoio, familiar e comunitária, de modo a sustentar a partilha e o acolhimento de situações que assolam muitas pessoas.

 

Por isso, ao afirmarmos que você não está sozinha/o/e, isto tanto serve para condição comum das determinações sócio-político-econômicas que participam de nossas vidas, como de compreender que questões de saúde mental permeiam também a existência de todos, como também na condução de medidas/saídas coletivas, de apoio e sustentação social para criação de superação e acolhimento.

 

 

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